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quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Informática e Formação de professores


           Os computadores possibilitam representar e testar idéias ou hipóteses, que levam à criação de um mundo abstrato e simbólico, ao mesmo tempo em que introduzem diferentes formas de atuação e de interação entre as pessoas. Essas novas relações, além de envolver a racionalidade técnico-operatória e lógico-formal, ampliam a compreensão sobre aspectos sócio-afetivos e tornam evidentes fatores pedagógicos, psicológicos e sociológicos.
           Diante desse contexto de transformação e de novas exigências em relação ao aprender, as mudanças prementes não dizem respeito à adoção de métodos diversificados, mas sim à atitude diante do conhecimento e da aprendizagem, bem como a uma nova concepção de homem, de mundo e de sociedade. Isto implica que o professor terá papéis diferentes a desempenhar, o que torna necessários novos modos de formação que possam prepará-lo para o uso pedagógico do computador. Assim como para refletir sobre a sua prática e durante a sua prática, acerca do desenvolvimento, da aprendizagem e de seu papel enquanto agente transformador de si mesmo e de seus alunos.
           Freire defende a Educação progressista e emancipadora no sentido histórico e libertário, em que a prática educativa se constitui no “elemento fundamental no processo de resgate da liberdade” (Freire, 1995: 91). A Educação deve priorizar o diálogo entre o conhecimento que o educando – sujeito histórico de seu próprio processo de aprendizagem – traz e a construção de um saber científico. A visão de mundo do aluno é incorporada ao processo que está sempre associado a uma leitura crítica da realidade e ao estabelecimento da relação de unidade entre teoria e prática.
           Quando se tem acesso às redes de computadores interconectados a distância, a aprendizagem ocorre freqüentemente no espaço virtual, que precisa ser inserido às práticas pedagógicas. Obviamente não se trata de propor o fim do espaço escolar, uma vez que o contato entre as pessoas continua sendo primordial e a escola é um espaço privilegiado de interação social. Mas deve interligar-se e integrarem-se aos demais espaços de conhecimento hoje existentes e inserir em seu bojo os recursos computacionais e a comunicação através de redes. Desta forma, interligam-se alunos, professores, pesquisadores, e todos ajudam a criar pontes entre conhecimentos, valores, crenças etc., o que poderá se constituir em um novo elemento de cooperação e transformação social.

A importância da informática na aprendizagem do aluno


 A condição necessária e primordial para construção de um modelo educacional com o professor como mediador do processo de aprendizagem e não apenas como transmissor de informações. Essa é uma importante oportunidade para que o professor possa refletir sobre a realidade histórica e tecnológica, repensar sua prática e construir novas formas de ação que permitam não só lidar com essa nova realidade, como também construí-la.
O processo de informatização em nossa sociedade vem acompanhado da alta utilização da informática também nas escolas. No entanto, a formação do professor para a utilização da informática nas práticas educativas não tem sido priorizada tanto quanto a compra de computadores de última geração e de programas educativos pelas escolas, transparecendo a idéia de que os equipamentos sozinhos podem melhorar a qualidade das práticas educativas.
           Para Valente (1998, p. 02), o termo “informática na educação refere-se à inserção do computador no processo de aprendizagem dos conteúdos curriculares de todos os níveis e modalidades de educação”. Sendo assim que, o computador é uma ótima ferramenta que pode auxiliar o professor a promover ainda mais a criatividade do aluno e sua aprendizagem. Mas, para que isto ocorra, é necessário que o professor assuma o papel de mediador da interação entre aluno, conhecimento e computador, o que supõe formação para exercício deste papel. Nem sempre é isto, que se observa na prática escolar.
Por outro lado, o computador pode ser um instrumento útil no processo de ensino-aprendizagem quando o aluno, assessorado pelo professor (relação entre professor – aluno), assume o controle da máquina, utilizando sua criatividade no uso ou elaboração de programas que atendam seus interesses e necessidades. Neste caso, o computador torna-se uma ferramenta de aprendizagem e não simplesmente uma máquina de ensinar, que auxilia no processo de aprendizagem do aluno.